Teria a IA chegado aos concursos?
Me deparei com uma questão de prova recente da FUNDEP, organizadora que vem fazendo concursos de biblio com alguma frequência.
Como sempre digo, nem toda banca merece ser chamada de banca. É o caso da FUNDEP, cujas questões de biblio deixam claro que não há ali bibliotecários dedicados aos concursos.
Na prova para a Prefeitura de Curvello, encontrei a seguinte questão:
O nome do autor é uma mistura de dois autores muito tradicionais em nossa área: Murilo Bastos da Cunha e Waldomiro Vergueiro, com a acréscimo do Jr. para ficar bonito. Porém, é um autor que não existe. Só isso já seria suficiente para cancelar a questão, pois pede um texto de um autor que não existe.
Porem, ainda mais grave, é que, se com boa vontade pensarmos que se refere ao livro de Vergueiro, a questão faz menos sentido ainda. Pois Vergueiro não fala em princípios e técnicas de seleção, fala em critérios de seleção.
Acredito que essa questão foi desenvolvida por IA, tipo chatgpt ou Gemini. E como a banca não deve ter bibliotecário em seus quadros de elaboradores de provas, esse erro grotesco passou. Mas o que garante que as outras questões também não foram?
Não sei se houve recurso para a questão. Tomara que tenha tido e que a questão tenha sido anulada.
Se antes eu já tinha certeza que muitas de nossas provas eram elaboradas por não-bibliotecários, agora desconfio que começam a ser elaboradas por não-humanos.
Será que agora teremos IA elaborando questões de concursos? O que você acha?
Abraço do Gustavo