#002 - Minhas impressões sobre o edital do CPNU
Saiu o tão aguardado edital do Concurso Nacional Unificado, famigerado CNU.
Um evento político anunciado para as 14:30 com direito a Live com a ministra para anunciar o concurso maaaaas o edital mesmo só sairia mais tarde. Na verdade, os editais. 8 ao todo.
Para nós, Bibliotecários, o que interessa é o 7. Estamos no Bloco temático 7 – Gestão Governamental e Administração Pública. O CNU vai nos fazer familiarizar com isso de bloco temático e eixo.
Primeiro, a parte boa: são 19 vagas em diversos órgãos: FUNAI, IBGE, MCTI e MINC. FUNAI, vagas em Brasília ou Rio de Janeiro. IBGE, apenas Rio de Janeiro. MCTI, Rio de Janeiro, Petrópolis, Belém, Cachoeira Paulista/SP. MINC, Rio de Janeiro ou Brasília.
Para FUNAI e MINC, no nosso cargo, há uma informação de que será dada prioridade para candidatos provenientes dessas cidades (Rio e Bsb). Como assim? O concurso não é nacional? Não entendi.
De todo modo, Rio de Janeiro e Brasília tem mais vagas, e também são as cidades onde tem mais concurseiros. Ficou equilibrado.
O valor da taxa de inscrição é 90 reais, abaixo do que vem sendo praticado por aí. E as inscrições são direto para o governo e não para a organizadora. Também é positivo.
Vamos falar agora das provas. São 3 ou 4 provas, a depender de onde está o cargo dentro das 3 tabelas de provas. Biblioteconomia está nas tabelas 1 e 3.
Na tabela 1, as provas são: conhecimentos gerais(valendo 20 pontos), conhecimentos específicos (valendo 50 pontos) (objetivas), prova discursiva (20 pontos) e prova de títulos valendo 10 pontos de um total de 100.
Na tabela 3, não há prova de títulos.
Desse modo, o peso maior está na prova específico. O que significa que nós nos damos bem, não é isso? Ledo engano. Aí é que deu águia. A prova de conhecimentos específicos é de um nonsense sem tamanho. Difícil até de acreditar, entanto o Brasil não para de nos surpreender. Aqui não é para amadores.
São os conteúdos:
São portanto 5 eixos temáticos que compõem a prova. São, assim, 50 questões para 5 eixos, 10 questões por eixo. É muito assunto para poucas questões.
Para engrossar o caldo, cada eixo tem um peso diferente a depender do cargo.
O eixo 5 é onde está o maior peso para nossa área. Ou 4 ou 5.
E do que trata o eixo 5?
É algo mais voltado para arquivologia e comunicação. Nós da biblioteconomia ficamos bem atrás. Nesse concurso vai ser legal comparar as notas dos bibliotecários com as notas de outros profissionais. Na FUNAI, biblioteconomia, arquivologia e comunicação tem exatamente o mesmo peso nas provas.
Já no IBGE temos os mesmos pesos que arquivologia e história.
As provas são de múltipla escolha, só não diz se são 4 ou 5 alternativas.
Outra coisa interessante: você vai passar o dia fazendo prova.
2h30 pela manhã e 3h30 à tarde. Eu sempre falo da importância de concurseiro manter atividade física em dia e isso é um exemplo. Nem o ENEM faz isso, utiliza só um turno mesmo que entre pela noite.
Bom, realmente acho que todos fomos surpreendidos pelo conteúdo programático. O jogo mudou e vou ser bem franco: não dá tempo de estudar tudo até maio e não tem em que se basear para saber em quais assuntos focar.
Nunca foi tão necessário uma orientação, uma mentoria. Não estude de qualquer jeito para este concurso.
Assim como já é no ENEM, o que será avaliado é muito mais sua capacidade de concentração, de leitura e de interpretação, do que o conhecimento propriamente dito. Assim, quem souber responder questões tem uma vantagem grande. Na nossa comunidade temos um curso focado em como responder questões. Em breve farei uma versão do curso com questões desses assuntos. Aguardem.
Tenho outras ideias para melhorar os estudos também. Segue o fio.